Doador de si
Doloroso é ver a exploração do pobre, da viúva e das crianças.
Ver a impunidade e a falta de esperança. Na linha da vida, no tempo que se foi, num momento que não volta. Na oportunidade que passou e a que bate em sua porta. O medo paralisa, sua alma grita, do casulo sairá, alguém mais forte, uma nova criatura que aparecerá. O tempo é prisioneiro do ser, o ser é prisioneiro do viver. Viver é necessário, para não ser um ordinário egoísta que só pensa em você. O fato é entender que quando doou, nem sempre receberei. E não receber está ligado a ser e não viver, não ser amiga da morte, mais no se doar entende o sentido do viver, a beleza do ser e poder de sempre algo novo aprender. Isso é entender o princípio de servir e não de ser. Ter força na fraqueza e em se doar ver a riqueza.
Érika Figueira Ferrão
Enviado por Érika Figueira Ferrão em 18/05/2021
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